TEXTOS DE APOIO
Texto 1
Está na Constituição: alimentação é um direito social do brasileiro. Essa previsão, que pode parecer óbvia à primeira vista, foi incluída pelo Congresso Nacional em 2010.
E de óbvia não tem nada. De lá para cá, ao mesmo tempo em que exportações do agronegócio brasileiro ganharam força, o direito à alimentação tem sido realidade para menos brasileiros.
A partir de 2020, o aumento da fome no Brasil foi impactado pela pandemia, como em outros países. Mas não é só o efeito da covid que explica a piora no nível de segurança alimentar dos brasileiros, que já vinha piorando antes do coronavírus.
O alastramento da fome no Brasil é reflexo também do fim ou esvaziamento de programas voltados para estimular a agricultura familiar e combater a fome, além de defasagem na cobertura e nos valores do Bolsa Família, segundo especialistas em segurança alimentar, políticas públicas e desigualdade ouvidos pela BBC News Brasil.
Fonte: Não é só efeito da pandemia: por que 19 milhões de brasileiros passam fome | BBC News
Texto 2
O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 foi realizado em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país, em áreas urbanas e rurais, entre 5 e 24 de dezembro de 2020.
Os resultados mostram que nos três meses anteriores à coleta de dados, apenas 44,8% dos lares tinham seus moradores e suas moradoras em situação de segurança alimentar. Isso significa que em 55,2% dos domicílios os habitantes conviviam com a insegurança alimentar, um aumento de 54% desde 2018 (36,7%).
Em números absolutos: no período abrangido pela pesquisa, 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e permanente a alimentos.
Desses, 43,4 milhões (20,5% da população) não contavam com alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada ou grave) e 19,1 milhões (9% da população) estavam passando fome (insegurança alimentar grave).
É um cenário que não deixa dúvidas de que a combinação das crises econômica, política e sanitária provocou uma imensa redução da segurança alimentar em todo o Brasil.



Fonte: Olhe para a Fome
Texto 3
Uma pesquisa realizada em fevereiro/2021 pelo DataFavela, em parceria com o Instituto Locomotiva e a Central Única das Favelas (CUFA), indica que dos 16 milhões de brasileiros que vivem em favelas e comunidades pelo Brasil, 67% tiveram que cortar itens básicos do orçamento com o fim do auxílio emergencial de R$ 600,00. Oito em cada dez famílias informaram que não teriam condições de comprar comida, produtos de higiene e pagar as contas do mês se não estivessem recebendo algum tipo de doação ao longo da pandemia. A pesquisa aponta que os moradores das 76 comunidades participantes do estudo fazem atualmente 1,9 refeições por dia, em média, o correspondente a apenas uma refeição (café da manhã, almoço ou jantar)
Fonte: Fome no Brasil: a incerteza da comida na mesa em um país assolado pela Covid-19 | Casa de Oswaldo Cruz – Fiocruz
Texto 4
“Antigamente era a macarronada o prato mais caro, agora é o arroz e feijão que suplanta a macarronada. São os novos ricos. Passou para o lado dos fidalgos. Até vocês, feijão e arroz, nos abandona! Vocês que eram os amigos dos marginais, dos favelados, dos indigentes. Vejam só. Até o feijão nos esqueceu. Não está ao alcance dos infelizes que estão no quarto de despejo.”
(Carolina Maria de Jesus – Quarto de despejo)
“Só uma coisa nos entristece: os preços, quando vamos fazer compras. Ofusca todas as belezas que existe”
(Carolina Maria de Jesus – Quarto de despejo)
Texto 5

Imagem de capa: Observatório do Terceiro Setor
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